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Classificações de Betis: Um Guia Completo

Introdução

As classificações de betis são um sistema essencial para avaliar a severidade do pé torto congênito (PTC), uma deformidade congênita comum que afeta a posição e a função do pé. A classificação precisa é crucial para orientar as opções de tratamento e prever os resultados. Este artigo abrangente fornece uma explicação detalhada das classificações de betis, incluindo seus diferentes tipos, métodos de avaliação e seu papel no gerenciamento do PTC.

Classificação de Ponseti

A Classificação de Ponseti é o sistema mais amplamente utilizado para classificar o PTC. Desenvolveu-se pelo Dr. Ignacio Ponseti, um cirurgião ortopédico cubano que dedicou sua vida ao tratamento do PTC. A classificação baseia-se em quatro critérios:

  • Ângulo de Talipes (TA): Mede a abdução do antepé no plano frontal.
  • Ângulo de Cavus (C): Avalia a flexão plantar do antepé no plano sagital.
  • Ângulo de Ângulo (AA): Mede a rotação interna do calcâneo no plano transverso.
  • Ângulo de Gilberto (GA): Avalia a posição da perna em relação ao quadril no plano frontal.

Cada critério é atribuído a uma pontuação de 0 a 6. Uma pontuação total de 0 indica um pé normal, enquanto uma pontuação mais alta indica uma deformidade mais grave.

Pontuação Ângulo de Talipes (TA) Ângulo de Cavus (C) Ângulo de Ângulo (AA) Ângulo de Gilberto (GA) Gravidade
0 Normal
1 5-10° 5-10° 5-10° 5-10° Leve
2 11-20° 11-20° 11-20° 11-20° Moderado
3 21-30° 21-30° 21-30° 21-30° Grave
4 31-40° 31-40° 31-40° 31-40° Muito Grave
5 41-50° 41-50° 41-50° 41-50° Extremamente Grave
6 > 50° > 50° > 50° > 50° Rigidez

Classificação de Pirani

A Classificação de Pirani é outra classificação comumente usada para PTC. Foi desenvolvido pelo Dr. Sergio Pirani, um cirurgião ortopédico brasileiro. Semelhante à Classificação de Ponseti, avalia os mesmos quatro critérios, mas usa intervalos de pontuação diferentes.

classificações de betis

Pontuação Ângulo de Talipes (TA) Ângulo de Cavus (C) Ângulo de Ângulo (AA) Ângulo de Gilberto (GA) Gravidade
0 Normal
1 10-20° 10-20° 10-20° 10-20° Leve
2 21-30° 21-30° 21-30° 21-30° Moderado
3 31-40° 31-40° 31-40° 31-40° Grave
4 41-50° 41-50° 41-50° 41-50° Muito Grave
5 > 50° > 50° > 50° > 50° Extremidade Rigida

Classificação de Dimeglio

A Classificação de Dimeglio é uma classificação mais recente que foi desenvolvida por Dr. Andrew Dimeglio, um cirurgião ortopédico americano. Esta classificação enfatiza a posição tridimensional do pé e inclui medidas adicionais, como o Ângulo de Flexão Dorsiflexão (DFA) e o Ângulo de Everção (E).

| Pontuação | Ângulo de Talipes (TA) | Ângulo de Cavus (C) | Ângulo de Ângulo (AA) | Ângulo de Flexão Dorsiflexão (DFA) | Ângulo de Everão (E) | Gravidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 0 | | 1 | 5-10° | 5-10° | 5-10° | 5-10° | 5-10° | Leve |
| 2 | 11-20° | 11-20° | 11-20° | 11-20° | 11-20° | Moderado |
| 3 | 21-30° | 21-30° | 21-30° | 21-30° | 21-30° | Grave |
| 4 | 31-40° | 31-40° | 31-40° | 31-40° | 31-40° | Muito Grave |
| 5 | > 40° | > 40° | > 40° | > 40° | > 40° | Extremamente Grave |

Papel no Gerenciamento do Pé Torto Congênito

As classificações de betis desempenham um papel crucial no gerenciamento do PTC. Fornecem um sistema objetivo para avaliar a gravidade da deformidade e orientar as decisões de tratamento.

  • Tratamento Conservador: Para pés com pontuações baixas de betis, o tratamento conservador geralmente é eficaz. Isso pode incluir o método Ponseti de fundição serial ou outras técnicas de manipulação não cirúrgica.
  • Tratamento Cirúrgico: Para pés com pontuações de betis mais altas, a cirurgia geralmente é necessária. O tipo de cirurgia realizado dependerá da gravidade da deformidade.

Resultados de Tratamento

De acordo com estudos publicados pela Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS), os resultados do tratamento do PTC variam dependendo da classificação de betis.

  • Pontuações de Betis Baixas (0-2): Alta taxa de sucesso com tratamento conservador, com mais de 90% dos pés corrigidos.
  • Pontuações de Betis Moderadas (3-4): Taxa de sucesso moderada com tratamento conservador, exigindo cirurgia em cerca de 50% dos casos.
  • Pontuações de Betis Altas (5-6): Baixa taxa de sucesso com tratamento conservador, exigindo cirurgia em mais de 90% dos casos.

Erros Comuns a Evitar

Vários erros comuns que devem ser evitados ao usar classificações de betis incluem:

Classificações de Betis: Um Guia Completo

  • Subestimar a Gravidade: Subestimar a pontuação de betis pode levar a um tratamento inadequado e resultados piores.
  • Superestimar a Gravidade: Superestimar a pontuação de betis pode levar a intervenções desnecessárias e aumento do risco de complicações.
  • Não Usar Todas as Medidas: Usar apenas medidas parciais de betis pode levar a uma avaliação imprecisa da deformidade.

Histórias de Casos

Caso 1:

Uma menina de 3 meses foi diagnosticada com PTC bilateral. Sua pontuação de betis era 3 no pé direito e 4 no pé esquerdo. Ela foi submetida ao método Ponseti de fundição serial, que foi bem-sucedido em corrigir a deformidade em ambos os pés.

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O que Aprendemos: O tratamento precoce e agressivo do PTC pode melhorar significativamente os resultados.

Caso 2:

Um menino de 6 meses foi diagnosticado com PTC unilateral. Sua pontuação de betis era 6. A cirurgia foi realizada para corrigir a deformidade. Após a cirurgia, ele precisou de fisioterapia extensiva para recuperar a função do pé.

O que Aprendemos: As deformidades graves de PTC podem exigir tratamento cirúrgico e reabilitação prolongada.

Caso 3:

Time:2024-09-28 15:24:20 UTC

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